Sua empresa está faturando bem, mas você não sabe para onde está indo o dinheiro?
Vender é fundamental para a sobrevivência de qualquer negócio, no entanto, mais importante do que vender, é vender e receber, e mais importante ainda, é receber através de boas vendas.
E qual é a boa venda? É aquela que, após gerar a satisfação para o cliente, produz um resultado financeiro positivo e desejado para quem vendeu.
A fórmula do lucro é RECEITA (-) CUSTO, ponto.
Finança ruim é sintoma, e não a causa dos problemas encontrados em muitas empresas. Muitas delas tentam se esconder atrás de “mitos empresariais”, tais como: • falta de dinheiro; • crise; • concorrência desleal; • política econômica desfavorável; • clima; • mercado, etc.
É claro, são desafios importantes, mas guardadas as devidas proporções do impacto dessas variáveis, quase sempre, as raízes dos problemas são as mesmas: erros de gestão e morosidade para tomar decisões difíceis e inadiáveis. Outro mito empresarial: “basta arrumar um dinheiro novo, que resolvo o problema!”. Não, não resolve! E por quê? Porque, uma vez mais, a raiz do problema não foi atacada.
Uma empresa, antes de pensar que o problema é externo à organização, ou pensar em aumentar as vendas, precisa organizar “dentro de casa”. É preciso ter um bom departamento de crédito e cobrança, no intuito de estabelecer um processo rigoroso para concessão de crédito a quem, de fato, o tem, além de ter agilidade na cobrança dos recebíveis. O dinheiro das vendas precisa entrar rápido, e entrar antes dos compromissos financeiros. Somado a isso, a venda precisa gerar lucro, caso contrário, quanto mais se vende maior é o “estrangulamento” financeiro, a conta acaba não fechando, a necessidade de capital de giro aumenta, a fonte seca e o prejuízo da empresa é questão de tempo. Portanto, é preciso conhecer muito bem os números do negócio e monitorá-los com rigor.
É importante destacar que, ter necessidade de capital de giro, não é sinônimo de problema financeiro, em alguns segmentos de negócio isso é bastante comum, como por exemplo, no agronegócio, que normalmente possui ciclos operacionais muito longos, alguns podendo chegar até a um ano, desde o chamado período de safra, colheita, até a venda e só então o recebimento. Naturalmente o prazo de recebimento não coincide com os compromissos financeiros, que vão vencendo mês a mês. A questão é: “qual o montante necessário e qual o custo do capital para sustentar a operação nesses momentos?” É preciso conhecer esse número e ir ajustando o fluxo de caixa sempre que houver expectativa de alterações no volume de atividade.
É preciso realizar um diagnóstico preciso na empresa, para identificar a raiz dos problemas financeiros, para serem atacados com eficácia. Além disso, com uma visão privilegiada sobre a operação, é possível calcular os prazos médios do negócio, montar e monitorar o fluxo de caixa de forma estratégica, permitindo enxergar com clareza o “rastro” do dinheiro no ciclo operacional, dimensionar melhor a necessidade de capital de giro e alocar os recursos com mais racionalidade.